domingo, 20 de janeiro de 2008

Vai um sonzim aew?




Ultimamente, para minha infelicidade, tenho reparado em letras de músicas populares que sou obrigado a escutar na van a caminho do trabalho. Me incomoda de verdade dizer que esses sons se chamam música, já que não me parece a palavra certa pra definir um conjunto de acordes, quando percebemos sua desgraçada existência, neste grupo de ruídos emitidos por algum tambor Cover de centro de macumba, nada contra religiões por favor, notas de teclado infantil emitidas a esmo e guinchos saídos de uma boca desgracenta, que sempre me pergunto se possui dentes, que acha que sabe cantar. Pior ainda, é ser obrigado a escutar alguns seres que, não satisfeitos em deleitar-se(acredite-me se for possível), com os ditos ruídos e guinchos, tentam emitir os ditos sons sentados ao meu lado com suas bocas que exalam os doces aromas do queijo podre, piorando ainda mais uma coisa que, pensava eu, não havia como ser piorada.
Entretando, mazelas do brasil a parte, é engraçado notar como algumas frases, termos e técnicas clichês são comuns a pelo menos 8 entre 10 músicas(UGH!!). Uma das tantas é a frase: "nunca me apaixonei assim". Confesso que realmente estou impressionado com a perseverança de alguns compositores, se é que podem ser chamados assim, em continuar a escrever músicas(P%#$ que pariu) de amor em português sem ao menos pensar sobre o quê estão falando. Concordâncias silábicas e fonéticas, entenda-se rimas, se é que são possíveis em ruídos e uivos, também são amplamente utilizadas. Coisas do tipo "amor", "dor" e outras miseráveis combinações que enchem nossos tímpanos de vibrações dissonantes e nossas cabeças de frases idiotas que não gostaríamos de pensar, mas que não nos sai do pensamento já que foram
introduzidos de forma forçosa por essas músicas(ai meu ovo!!). A moléstia não seria tão destrutiva se parasse nas músicas(P*RR@) românticas, mas infelizmente ainda somos obrigados a ouvir coisas como: "abre as pernas e relaxa".
Nessas situações só consigo pensar no termo "Estupro auditivo e mental", já algo é introduzido à força em nossa mente e, o pior, é que as frases malditas se recusam a sair de lá.
Porém infelizmente este câncer que assola o universo sonoro, não se restringe a um estilo musical específico.
Resta a nós escutarmos nossos CDs de bandas um pouco mais velhas, ou de algumas mais atuais que ainda não se venderam às funções "copiar" e "colar", e vivermos nossas vidas de malucos já que hoje, o normal é minoria.
Linguiça para todos.



Um comentário:

Anônimo disse...

Infelizmente é essa a situação que a música popular se encontra
e ainda importamos lixo norte americano, rappers sexistas c/ suas letras onde a mulher é nada além de
objeto.

Quando o povo se der conta de quem é o verdadeiro "demonio", que estimula a prostituição infantil c/ seu "vem novinha" ou do uso de drogas com "é do boldinho", tudo vai melhorar....mas esse dia vai demorar.

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